Locaweb Edição 98

E ste texto é umconvite – e ummanifesto, ao mesmo tempo. Umconvite para que você se reconecte coma sua essência. Ummanifesto para que se rebele contra uma vida que não é a sua. O “insight” veio de uma entrevista a que assisti recentemente, no YouTube, emque a filósofa Ayn Rand e o apresentador TomSnyder conversavama respeito do que ela chamou de “a era da inveja”. Ayn Rand foi uma autora americana de origem judaico- russa, nascida em1905 e conhecida, principalmente, por romances como “A Revolta de Atlas” e tambémpor desenvolver umsistema filosófico chamadoObjetivismo. Ela acreditava que o indivíduo nasce livre, pode fazer o que bemquiser da própria vida e que nemo Estado e a política, nema religião podemobrigá-lo a abrirmão dos seus direitos em favor de umsuposto bemcomum. Na entrevista, exibida ao vivo em julho de 1979 durante o programa “TomorrowShowwith TomSnyder”, Rand afirmou que considerava imoral uma pessoa ser atacada nãopelos seus erros, mas por exercitar os próprios talentos, trabalhar duro e ter ambição. Para ela, é obsceno alguém ser injuriadopor conquistar sucessooualgoque possuaum valor real. Isso, emsua opinião, tinha umnome: inveja. Faz parte da natureza de alguns humanos a cobiça do que é alheio, sobretudo desejar que o outro não tenha êxito (existemdiversos “cases” no empreendedorismo). Segundo uma conhecida pesquisa de autoria do Instituto Nacional de Ciência Radiológica, emTóquio, quando esse sentimento aparece, o cérebro ativa amesma região em que as dores física e emocional são processadas. Ou seja: a inveja, literalmente, dói. Se algumas pessoas sempre tiverampredisposição a isso, imagine agora, emplena era dasmultitelas, com a popularização dasmídias sociais. De acordo comoutro estudo, realizado pelo "American Journal of Preventive Medicine" emparceria comaUniversidade de Pittsburgh, o uso constante dasmídias sociais pode, sim, ocasionar sensação de inveja. Ver uma espécie de vida perfeita compartilhada por pessoas conhecidas, segundo a pesquisa, pode levar a uma inevitável comparação coma própria vida e a uma consequente sensação de frustração. Não há dúvidas de que asmídias sociais têmo poder de conectar pessoas e promover os negócios e a socialização – isso está emseu próprio nome. Elas também são boas plataformas para fomento de novas ideias, divulgação pessoal e crescimento profissional. No entanto, os conteúdos postados, emsuamaioria, são editados para vender uma ideia de perfeição. Estão cheios de filtros: não apenas os que tornamas imagensmais atraentes, mas tambémaqueles que deixama “parte ruim” de fora. Reforçando o convite/manifesto acima: não vale a pena se comparar. Trilhe o seu próprio caminho e aprenda a valorizar as suas conquistas. Seja otimista. Não perca tempo sentindo pena de si mesmo e não dê a ninguém, jamais, o poder sobre as suas escolhas. A era da inveja está aí, mas você não precisa ser parte dela – pelo contrário. O mundomerece saber quemvocê é e o que pode oferecer demelhor. Brilhe. Higor Gonçalves Jornalista, pós-graduado em ComunicaçãoMercadológica eMarketing do Consumo, especialista emAssessoria de Comunicação, comMBA em Gestão Estratégica deMarketing /higorfgoncalves @higorfgoncalves higor.fgoncalves@gmail.com Parede se comparar aos outros influenciador 18 REVISTA LOCAWEB

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