Locaweb Edição 104

15 // entrevista // revista locaweb O atendimento é uma parte fundamental de qualquer negócio. Quando você percebe que existe uma vontade de ajudar, a tendência é manter o relacionamento de maneira saudável '' chamado Stay at Home Challenge, com vídeos ao vivo toda semana, a respeito dos idiomas que trabalhamos e de graça, via YouTube. O conteúdo em inglês, inclusive, é feito em parceria com os youtubers Gavin Roy e Jackie Katsis. Vale ainda ressaltar que as lives dão um resultado importante no que diz respeito ao engajamento. Ainda dentro do tópico tecnologia, a Fluency Academy tem como diferencial o uso de um software de repetição que usa inteligência artificial. Como vocês o criaram e de que maneira ele se encaixa na metodologia de ensino? Essa ideia surgiu quando ainda estava montando o curso de inglês. Descobri que existia uma tecnologia de memorização, mas, em vez de usar um software pronto, resolvi criar um exclusivo para o negócio. Eu e meu sócio, então, começamos a pesquisar programadores ao redor do mundo. Achamos alguns especialistas que abraçaram o projeto e criaram o Memorization Hack. Resumidamente, a tecnologia não deixa o aluno esquecer o que aprendeu. Ela exibe frases e palavras no programa, e o usuário diz se foi fácil lembrá-las ou não. Baseada nesse feedback, a inteligência artificial posiciona o conteúdo em uma linha de esquecimento. Assim, toda vez que se acessa a ferramenta, ela seleciona justamente aquilo que você está prestes a esquecer. Os resultados têm sido incríveis, tanto que lançamos uma versão em aplicativo para os alunos pagantes. A Fluency Academy também faz uso massivo de aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram. Como eles contribuem para promover o negócio? Ao tratar de distribuição de conteúdo, quanto mais rápido e fácil for o acesso ao material e ao feedback, melhor. O e-mail, por exemplo, consegue transmitir o que queremos, mas a chance de as pessoas abrirem a mensagem é bem menor do que a de acessar aplicativos por celular. Por WhatsApp e Telegram, nossos seguidores recebem o conteúdo de forma mais fácil, e a chance de consumi-lo é muito maior. Aqui, o benefício de aprender passa a ser muito mais eficaz e tangível. Os mensageiros também são usados para estreitar o relacionamento com os alunos. Qual é a importância de investir em um bom pós- venda e em atendimento qualitativo? Costumo dizer que sou o chato do atendimento (risos). Para mim, essa é uma parte fundamental de qualquer negócio. Quando você percebe que existe uma vontade de ajudar, a tendência é manter o relacionamento de maneira saudável. Na Fluency Academy, o atendimento ao cliente é visto como um dos principais pilares do negócio. Instruo os professores e a equipe a tratar os alunos como um membro da família. Tento garantir que o contato sempre seja o mais humano e sensível possível. A partir dessas experiências, quais dicas você daria ao pequeno ou médio empreendedor para aperfeiçoar a comunicação via mídias sociais? Meu conselho é dar atenção para a parte visual. Sou formado em design gráfico e sempre tive apego em relação a essa questão. Eu me lembro de olhar os materiais da concorrência e ver que muita coisa soava amadora. Só que todo mundo gosta de ver um conteúdo bem-feito. Então, meu primeiro funcionário foi um designer. Contratei um amigo que desenvolveu a identidade visual do negócio. Isso acabou se tornando um diferencial. As pessoas elogiavam a beleza do material. Tem algo que você fez na sua jornada como empreendedor e que não recomenda para quem está trilhando o mesmo caminho? Sempre fui uma pessoa extremamente perfeccionista e exigente. E isso me travava, pois queria criar uma versão utópica do negócio, algo que não tinha condição e nem maturidade para fazer à época. Mas o erro no empreendedorismo, assim como ao aprender um idioma, faz parte do processo. Sei que é clichê, mas senti isso na pele. Melhorei com minhas falhas em termos de estratégia e comunicação. Lembro que, nas primeiras vezes que fiz lives, ficava absolutamente desesperado. Agarrava-me ao violão e suava, demorava para me soltar. Hoje, posso participar de um vídeo online a qualquer momento sem ficar tenso, pois aprendi e ganhei confiança para isso. A dica é ter paciência para quebrar essa primeira resistência e passar a oferecer conteúdos cada vez mais bem-feitos. Não espere a versão perfeita. Coloque no ar, avalie a crítica, melhore o que tem de ruim e também o que tem de bom e vá evoluindo. Você pode adiantar algumas novidades que estão sendo preparadas para o futuro da Fluency Academy? Tem bastante novidade vindo por aí. No fim deste ano, a plataforma passará a oferecer conteúdos em mandarim e japonês. Também vamos invadir a América Latina, com aulas de inglês para falantes de espanhol, e temos um plano de expansão definido para lançar cursos de idiomas para falantes de inglês. Vale ainda destacar uma parceria que fizemos com a Organização das Nações Unidas (ONU). Preparamos um material em português para falantes de espanhol, com o objetivo de ensinar nossa língua para refugiados venezuelanos. Também estamos investindo mais ainda em tecnologia, sobretudo em conceitos como realidade virtual e aumentada.

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