Locaweb Edição 104

45 // reportagem / black friday e natal // revista locaweb como consumidoras digitais, o que estimulou as compras e, agora, pode gerar números impressionantes em duas datas-chave que se avizinham: a Black Friday e o Natal. Seja rápido A Chocolateria Brasileira é uma rede de franquias commais de 20 lojas espalhadas pelo país. A empresa planejava criar um e-commerce há algum tempo, mas o projeto ainda estava no papel quando as unidades físicas tiveram de ser fechadas. Com queda de 60% a 70% no faturamento durante a pandemia, a marca precisou voltar os olhos para o lançamento da loja virtual e a colocou no ar em questão de dias. “Pela rapidez exigida, criamos um departamento específico para efetuar essa migração. Além disso, firmamos uma parceria com os Correios”, explica Cintia Pitta, gerente de franquias da empresa. Como a chocolateria trabalha com produtos altamente perecíveis, também foi preciso investir em embalagens especiais para acondicionar os pedidos e manter sua qualidade. “O e-commerce permitiu à marca tomar proporções muito maiores, chegando a lugares que ainda não tinha alcançado com as franquias”, destaca Cintia. O online foi determinante para o sustento da operação da empresa, que teve grande sucesso de vendas na Páscoa, no Dia das Mães e no Dia dos Namorados. Com o início da reabertura do comércio, em junho, a Chocolateria Brasileira teve um boom de consumo nas lojas físicas, mas nem isso impactou os bons números obtidos com as vendas online. “Ainda tem muita gente reticente em sair de casa. Por isso, apostamos em um crescimento persistente do e-commerce durante a Black Friday e o Natal. As pessoas passaram o ano inteiro carentes de consumo e, agora que estão mais seguras em relação à internet, virão com tudo nas grandes datas”, garante Cintia. N a expectativa de frear o avanço da pandemia de covid-19 no Brasil, comércios de produtos não essenciais tiveram de fechar as portas em meados de março. Para não falir, muitos empreendedores que ainda não tinham presença digital migraram às pressas para o e-commerce, o que se mostrou uma sábia decisão. Mais de 135 mil lojas aderiram às vendas online neste período – a média mensal antes da pandemia era de 10 mil –, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Como consequência, houve um aumento de 230% no número de pedidos online diários entre março e julho deste ano, de acordo com pesquisa realizada pela entidade em parceria com a Konduto. É verdade que, por conta da crise, o tíquete médio de compras no e-commerce caiu de R$ 280,07 para R$ 248,60 nos últimos meses. Isso não foi suficiente, porém, para impedir que o setor decolasse, sustentado pelo volume de crescimento expressivo nas conversões de vendas. De acordo com a ABComm, as categorias que mais faturaram no período foram supermercados (457%), artigos esportivos (223%), eletrodomésticos (169%), moda (106%), brinquedos (85%) e cosméticos (70%). Contribui ainda para o bom momento do e-commerce o fato de que, ao terem as plataformas digitais como únicas opções de consumo, muitas pessoas que não compravam online passaram a confiar no processo. “Forçado a consumir pela internet, o público viu que lidar com lojas online não é nenhum bicho de sete cabeças”, destaca Caroline Minucci, consultora do Sebrae-SP. A especialista destaca ainda que as pessoas começaram a entender seus direitos Cintia, da Chocolateria Brasileira, ressalta que o consumidor passou o ano todo carente de compras e, agora que está mais seguro na internet, virá com tudo na Black Friday e no Natal

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