Locaweb Edição 106

30 // feed / pix // revista locaweb além de CPF, número de telefone e e-mail, ele permite que as transações sejam realizadas por meio de chaves como CNPJ do cliente e leitura de QR Code. Com todas essas opções disponíveis, ficou fácil para os usuários entenderem, de cara, como o processo funciona. “O Pix chegou para simplificar a cadeia de pagamentos. No caso do cartão, por exemplo, há um grande processo por trás da operação que envolve um emissor e um adquirente homologado por uma bandeira. O novo sistema é um encurtador de caminho, já que dispensa todas essas etapas”, afirma Marcelo Não há cobrança de taxas para pessoas físicas. Já para as empresas, cada banco com o qual elas trabalham pode optar por algum tipo de tarifa, uma vez que eles pagam R$ 0,01 centavo ao BC a cada dez transações recebidas. Tudo indica, porém, que os valores possivelmente repassados aos clientes sejam bem reduzidos. As vantagens para as empresas Inicialmente, o Pix foi apresentado ao público apenas como um eventual substituto do DOC e do TED. Entretanto, ele tem potencial para ir muito além de um mero sistema de transferências financeiras. “As empresas podem adotar o novo sistema como forma de pagamento, por exemplo. A única exigência é que o cliente também esteja cadastrado no Pix. A partir daí, o comerciante pode exibir um QR Code e, dessa forma, capturar todos os dados da transação”, explica Marcelo. Assim, terminam os problemas com cartões que não passam (no terminal de pagamento) por estarem danificados ou, ainda, por falta de sinal. Para Thamilla Talarico, sócia da Daniel Advogados, a agilidade proposta pelo Pix, além de ser condizente com a realidade digital, será fundamental para aumentar a liquidez financeira. “Hoje, os cartões de débito e de crédito são usados para tudo, até mesmo para comprar água de coco na praia. No caso do débito, o empreendedor pode demorar até três dias úteis para receber o valor. O crédito é ainda pior, pois a compensação pode levar até 30 dias. Com o Pix, o pagamento é feito em até 10 segundos, o que gera uma liquidez para o empreendedor que, muitas vezes, precisa pagar contas no fim do dia”, afirma. Quem também pode explorar o novo modelo de operações financeiras é o e-commerce. “O boleto bancário ofertado por muitos sites, por exemplo, é ineficiente, já que não funciona aos finais de semana e ainda As empresas podem adotar o novo sistema como forma de pagamento ao usar, por exemplo, Q.R. Codes para realizar as transações '' Marcelo França, CEO da Celcoin França, CEO da Celcoin, empresa de soluções open finance. Outro ponto que favorece o Pix é que ele pode ser usado por qualquer pessoa, seja física, seja jurídica. É necessário apenas que o usuário tenha uma conta corrente ou poupança registrada em qualquer instituição financeira, já que as transações são sempre realizadas entre as carteiras do pagador e do recebedor. A partir daí, basta preencher um cadastro com os dados que pretende usar, já disponível nos sites e aplicativos dos principais bancos e das fintechs, e o sistema então estará liberado para uso.

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