Locaweb Edição 108

O assunto transformação digital não é novo, mas a pandemia fez com que o tema tivesse prioridade dentro das empresas. Hoje, o que estamos vendo é uma corrida pela digitalização dos negócios, principalmente por conta dos desafios trazidos pela covid-19. De modo geral, empresas de todos os segmentos tiveram de buscar rapidamente respostas para perguntas decorrentes dessa nova realidade: como atravessar esse cenário de incertezas imposto pelo distanciamento social da melhor forma possível para a saúde do negócio? Como oferecer boas condições de trabalho para os funcionários em jornadas remotas e não perder produtividade? Como continuar vendendo – e fidelizando – clientes para atingir os objetivos predefinidos? A pandemia também trouxe mudanças no comportamento dos clientes e em como eles se relacionam com as empresas, uma vez que passaram a buscar valores mais alinhados à sociedade e vínculos mais humanizados. E é nesse momento que podemos enxergar a transformação digital como principal motor de inovação. Mas o que isso significa? A transformação digital pode ser definida como a incorporação de tecnologias para otimizar processos, mudar a cultura empresarial e adotar novos modelos de negócios. O objetivo não é apenas gerar melhores resultados, mas também garantir a perenidade da empresa, preparando-a para enfrentar os desafios atuais e futuros em ummundo em transformação. Mas as necessidades impostas pela pandemia podem gerar uma falsa percepção do que é transformação digital. Não se trata apenas de implementar sistemas de videoconferência ou criar plataformas de e-commerce ou de vendas B2B. Essas iniciativas respondem a demandas urgentes, mas não são suficientes para inserir a companhia em um contexto de transformação digital. TRANSFORMAÇÃO DIGITAL VAI ALÉM DE NOVAS TECNOLOGIAS Os clientes passaram a buscar vínculos mais humanizados Além de usar recursos tecnológicos como um elemento central e estratégico, para simplificar os fluxos de trabalho e envolver as pessoas em uma atuação colaborativa, é necessário mexer em “como” acontece o processo de tomada de decisão das empresas. É preciso identificar em quais áreas é possível ter times multidisciplinares, trabalhando como se fossem pequenas unidades de negócios, com liderança clara e reportes para os executivos. Uma vez que você der poder de decisão para os times que estão na ponta, é possível ganhar eficiência de verdade. Para inovar efetivamente o negócio, também é preciso repensar como o mercado percebe a cadeia de valor na qual a companhia está inserida e, dessa forma, antever e realizar mudanças com o objetivo de ganhar competitividade e inovação. A peça central para que isso aconteça é uma liderança engajada, que fomente a prática internamente. O suporte desses profissionais é essencial para que a empresa crie processos de inovação, compartilhe informações sobre oportunidades de mercado e capacite seus profissionais a defender teses e ideias. Iniciar esse processo, no entanto, não é fácil e exige alta tolerância a erros. Somente assim será possível desatar obstáculos iniciais e estimular uma verdadeira cultura de transformação em todas as áreas da empresa. 20 // opinião // revista locaweb PEDRO DONATI DIRETOR-EXECUTIVO DE TECNOLOGIA DA CONSULTORIA FALCONI falconi-oficial

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