Locaweb Edição 109

26 // memória / amd // revista locaweb Conforme o desenvolvimento da informática se acelerava durante os anos 1970, a demanda pela criação de equipamentos capazes de fazer os computadores diminuírem de tamanho ao ponto de chegarem à casa das pessoas crescia. De olho nesse cenário, a AMD desenvolveu, em 1975, seu primeiro processador, o Am9080, que inseriu a companhia no segmento que a fez ganhar o mundo. Um ano depois, em 1976, a NASA, grande inspiradora de Sanders, contratou os serviços da companhia californiana para aperfeiçoar seu programa espacial. Outros grandes clientes vieram na esteira. Entre eles, a Siemens, que recorreu à AMD como parceira no desenvolvimento de computadores pessoais. O acordo não durou muito, mas em 1981 a companhia fechou contrato com a IBM para ser a fabricante secundária dos chips adotados pelo grupo. E isso não era pouco. Crescimento e inovações Com os computadores pessoais em alta e a fama adquirida junto à IBM, a AMD passou a focar cada vez mais sua atuação nesse segmento. Em 1986, a empresa apresentou a primeira memória EPROM de 1 milhão de bits da indústria, chamada Am27C1024. Cinco anos depois, em 1991, o processador Am386 surgiu como a estrela de uma família de chips que contribuiu para tornar os PCs mais acessíveis. Com o lançamento desse chip, a marca passou a ficar conhecida pelo alto desempenho de seus produtos. Nem por isso deixou de se preocupar em torná-los mais acessíveis. O processador K6, por exemplo, entregava boa performance e tornou-se, em 1997, o primeiro modelo do mercado a custar menos de US$ 1 mil. Em seguida, surgiu o Athlon 1000, que superou a marca de 1 GHz de clock, algo inédito até então. “Já éramos referência em desempenho quando, em 2003, lançamos o primeiro processador de 64 bits, superando a barreira dos 32 bits, que durou muitos anos. Depois, em 2004, fomos pioneiros novamente, ao apresentar o chip dual-core. Hoje, não dá mais para imaginar processadores de apenas um núcleo, mas eles eram o padrão naquele período”, conta Sergio. Outra inovação para a AMD se deu em 2006, quando ela adquiriu a empresa de placa gráfica ATI Technologies. A partir daí, novas estratégias se abriram para o grupo, sobretudo nos campos do design profissional e dos games. Era Zen Já era 2014 quando a atual CEO Lisa Su assumiu o comando da companhia. “Sua gestão é marcada pela ampliação da gama de produtos da AMD, seja para desktop, sejam os relacionados a servidores gráficos ou tecnologias aplicadas a setores diversos, em que muita gente nem sabe que atuamos. Hoje, desenvolvemos soluções para aeronaves, equipamentos de medicina e até mesmo supercomputadores voltados para pesquisa científica”, diz o gerente-geral do grupo no Brasil. Boa parte desse portfólio ganhou corpo em 2017, quando a companhia passou a aplicar a arquitetura Zen a seus processadores, sob a alcunha de Ryzen. Hoje, a AMD está trabalhando com a quarta geração desses modelos, que conta com litografia de sete nanômetros, uma das menores do mercado, e capacidade de oferecer mais eficiência energética aos chips. Graças à linha Ryzen e também às famosas placas gráficas Radeon, o grupo vive hoje um de seus melhores momentos da história, com boas vendas em todo o mundo. “Tanto que a meta é continuar apostando na evolução do núcleo Zen e em novas tecnologias de placa gráfica”, aponta Sergio. Apesar de todo esse histórico de inovações, a empresa que começou como uma pequena startup e está presente emmilhões de notebooks, videogames e até mesmo aviões segue de olho também em novas áreas. “Vamos voltar cada vez mais nossa atenção para cloud, datacenter, clusters de alta performance e infraestrutura corporativa”, conclui o gerente- geral da marca no Brasil. Atuais metas da empresa são desenvolver o núcleo Zen de seus processadores e criar novas tecnologias de placa gráfica, segundo Sergio Desenvolvimento gamer Por apresentar alto desempenho, a linha Ryzen da AMD é uma das preferidas do público gamer. A arquitetura do processador deu tão certo que foi adotada em videogames da nova geração, como o PlayStation 5 e os modelos Xbox Series X e S. “A empresa sempre teve vocação para essa área, mas desde que Lisa Su a assumiu, o processo se acelerou. Não à toa, ela sempre fala que adoramos o gaming. Muito do que fazemos hoje tem como foco esse mercado, que nos abraçou”, diz Sergio Santos, gerente- geral da AMD Brasil. Hoje, a empresa gaba-se de ter trazido competitividade para a área, uma vez que, até 2017, não havia grandes disputas entre marcas com foco no universo gamer, o que resultava em preços elevados para os usuários. Foto: Divulgação

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