Locaweb Edição 109

46 // reportagem / saúde tech // revista locaweb @revistalocaweb para que ela encontre a solução dentro de seu plano de saúde”, destaca Victor. Outra companhia que soube usar recursos tecnológicos em favor da saúde é a Telavita, focada em atendimento online (via chat ou vídeo) com psicólogos e psiquiatras. “A missão da empresa é democratizar a saúde mental. Nossos recursos visam impactar positivamente a qualidade de vida de milhares de brasileiros que sofrem de transtornos como depressão e ansiedade”, afirma Andy. Apesar das vantagens oferecidas pelos novos aplicativos, Andrea ressalta que ainda existem alguns obstáculos a serem superados pela tecnologia. "Não poder fazer exames físicos e depender de uma boa conexão de internet é algo que pode atrapalhar o atendimento", ressalta a médica. Aplicativos e soluções de autocuidado As principais lojas de aplicativos para smartphones e tablets exibem uma série de softwares dedicados à saúde dos usuários. Há opções para quem deseja acompanhar a rotina de exercícios, plataformas com meditações guiadas para minimizar a ansiedade, recursos que lembram as pessoas nos horários de tomar remédios e até apps que auxiliam o controle do ciclo menstrual. Elvira Rito Rodrigues, médica que atua nas áreas de pediatria e clínica geral, vê esses softwares como ferramentas que podem contribuir para a educação em relação à saúde. “O uso desses aplicativos, que muitas vezes são aliados a outras tecnologias, como a dos relógios inteligentes, é muito importante para condicionar a população a criar hábitos mais saudáveis”, conta. Ao navegar pelo vasto catálogo de soluções disponíveis para download é possível encontrar algumas opções brasileiras, como a da startup Um bom indicador para o futuro das healthtechs é a alta atividade de investimentos e aquisições que está ocorrendo no mundo todo '' Andy Bookas , CEO e cofundador da Telavita Comunicação humanizada Encontrar um tom adequado de comunicação com os pacientes é essencial. Além de demonstrar empatia durante os atendimentos e as interações, é preciso garantir que as pessoas entendam as informações que estão sendo passadas (principalmente nos casos de assuntos mais complexos e técnicos). Victor Marcondes, cofundador e CEO da Nilo Saúde, acredita que o atendimento humanizado é o grande diferencial das empresas que atuam no setor. “Na primeira consulta, por exemplo, um de nossos coordenadores fica disponível por uma hora para entender todas as necessidades da pessoa. Assim, criamos um vínculo com o paciente e nos tornamos sua equipe de referência”, afirma. “O objetivo é tratar as pessoas como pessoas e por pessoas, mas de uma maneira digital que possa ser escalada para todo o Brasil”, completa. Tummi, que desenvolveu um software específico para auxiliar a organização da rotina de pacientes oncológicos. Por meio da plataforma gratuita, as pessoas conseguem relatar como estão se sentindo. “Se o paciente tem náuseas, enjoos ou dores de cabeça, por exemplo, basta clicar no sintoma para receber orientações a respeito de como proceder e procurar ajuda especializada”, explica Alessandra Morelle, médica oncologista e CEO do Tummi. Outro exemplo é a Academia da Pele, que criou um aplicativo para conectar pacientes que buscam procedimentos cirúrgicos ou dermatológicos com médicos atualizados nas suas especialidades. “O processo é feito com a ajuda de uma inteligência artificial, que cruza os dados do questionário de autoavaliação para recomendar os melhores

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