Locaweb Edição 110

32 // feed / clubhouse // revista locaweb Carlos, por sua vez, recomenda trabalhar o leque de assuntos relacionados ao produto, mas com um viés que agregue valor real a seu consumidor em potencial. “Lembre-se de que essa não se trata de uma ferramenta de vendas, mas de um espaço de relacionamento, trocas valiosas e geração de insights”, afirma o diretor da Ecco. A rede social também vem se mostrando um bom canal para estender conversas e promover debates sobre acontecimentos ou eventos paralelos do mundo físico e digital. “É por isso que vale a pena gerar conteúdo interessante, nativo e original. Traga especialistas no assunto para potencializar a qualidade do bate-papo do seu canal, para passar ainda mais credibilidade”, recomenda Cesar. Na hora de criar conteúdo, é fundamental ter em mente que o Clubhouse é, de fato, uma rede social com foco em áudio, o que a torna diferente de qualquer outro canal mais popular do gênero. Por conta disso, de nada adianta ter um material cumpridor se o speaker não tiver boa oratória, com vocabulário e dicção apurados. “Mais do que falar bem, é necessário conseguir dar o ritmo e o tom certo para cada momento da conversa”, explica João Vitor. O COO da Gestão 4.0 recomenda ainda dar contexto para o seu conteúdo nas salas de bate-papo. Conhecer bem a audiência e não assumir que o ouvinte tem entendimento do que está sendo abordado são passos fundamentais para engajar mais. Evite também usar referências visuais ou externas, que façam com que o usuário tenha de sair do aplicativo para acompanhar o raciocínio. “Ele precisa compreender a mensagem ouvindo apenas a sua voz”, diz João Vitor. Seja ouvido O fato de ser uma rede social nova e ainda muito exclusiva, Testado e aprovado Atualmente, não há maneiras de monetizar dentro da plataforma. “Por isso, é importante estar atento ao que as grandes marcas já vêm fazendo no Clubhouse”, destaca Arianne Reis, especialista de Marketing Digital na LG electronics. Como dinheiro (ainda) não é moeda de troca no app, as pequenas e médias empresas podem estudar o que tem dado certo e adaptá-lo para seu nicho e sua operação. A Audi, por exemplo, promoveu o “A Era dos Carros Elétricos, Powered by Audi”, um dos primeiros debates do Clubhouse no País. Na ação, o diretor de Comunicação e Marketing digital da Audi Brasil mediou o bate-papo e destacou o case de sucesso do modelo de carro 100% elétrico da fabricante. A empresa usou o aplicativo não apenas para destacar seu produto, mas também para interagir com consumidores, jornalistas e criadores de conteúdo. A rede de lanchonetes McDonald’s, por sua vez, apostou em outra abordagem, com uma estratégia voltada para mentoria e dicas de gestão. A marca criou uma sala com um grupo de seus executivos como speakers, na qual eles passaram duas horas respondendo dúvidas dos empreendedores a respeito de assuntos como comércio, varejo e restaurantes. A ação reuniu quase mil pessoas. em fase de testes e formação de opinião, torna o Clubhouse uma ferramenta poderosa para os microempreendedores e as PMEs. “Se o conteúdo for caprichado, os primeiros adotantes podem ganhar muita relevância em determinado assunto e se tornar prioridade entre os usuários”, destaca Cesar. Em resumo, quem entrar logo e entender o que realmente funciona tem boas chances de obter bons resultados na rede social. Hoje, as personalidades mais populares no app têm uma média de 5 mil seguidores – quantidade mínima em comparação ao Instagram, por exemplo. “Isso dá margem para os pequenos crescerem de forma mais leal.” Além disso, é possível começar uma estratégia sem qualquer tipo de investimento financeiro. Afinal, o único requisito que o Clubhouse exige (até agora) é o tempo. Aproveitar este período é uma jogada inteligente, pois já há muitas teorias a respeito do futuro da monetização Uma das vantagens do Clubhouse é que é possível fazer outras atividades enquanto se ouvem seus conteúdos, diz Cesar, da TunAd

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