Locaweb Edição 112

40 // capa / onde empreender hoje // revista locaweb @revistalocaweb em evidência há algum tempo. O Brasil já ocupa a quarta colocação mundial no ranking de vendas na categoria. Segundo dados da empresa Euromonitor, 22% da população opta por comprar mantimentos naturais e sem conservantes. Isso sem contar que 28% dos brasileiros acreditam que consumir alimentos ricos em nutrientes é algo muito importante. Antes de tirar sua ideia do papel, é possível se inspirar em diferentes nomes do setor. A Liv Up, por exemplo, tem um catálogo recheado de refeições congeladas preparadas com ingredientes naturais, sem aditivos ou conservantes. Além disso, oferta alimentos direto do campo, como grãos, frutas e ovos. A Fungo de Quintal, por sua vez, é especializada em cogumelos. O diferencial é que os produtos são cultivados e colhidos por pequenos agricultores. 4. Mercado infantil Para Alexandre, da Universidade Marketplaces, ideias que envolvam produtos voltados para maternidade, bebês e crianças continuarão em alta ao longo de 2021. “Existe muita oportunidade de investimento nesse setor”, afirma o especialista. Nos últimos sete anos, o volume de vendas de produtos desse segmento cresceu 45,6% no Brasil. Segundo a empresa Euromonitor, o faturamento passou de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,9 bilhões durante o período. É fato que o mercado infantil é imenso. Tanto é que dá para trabalhar com diferentes segmentos, como brinquedos, roupas e artigos de higiene, entre outros. Um exemplo dentro desse contexto é o da empreendedora Juliana Amorim, que tem um ateliê de bancos pintados à mão, chamado Ju Amora. A empresa produz uma linha especial para os pequenos, a Ju Amorinha. As peças têm quantidade limitada, e o tíquete médio é de R$ 400. Quem quiser investir nesse Tendências pelo mundo Além de ficar por dentro das tendências brasileiras, vale a pena descobrir o que está em evidência ao redor do mundo, antes de tirar um projeto do papel. Há muitos segmentos e nichos que, com criatividade, podem ser adaptados para o mercado nacional. Confira algumas opções. Estados Unidos: Joias artesanais Apesar de não ser um nicho novo, o de joias artesanais ganhou maior atenção dos consumidores americanos no último ano. Acostumados com o luxo de modelos à la Tiffany & Co., os clientes estão migrando para uma categoria com preços e acessórios mais acessíveis – mas que não deixam de ser charmosos e, principalmente, personalizados. China: Guochao Com a China se posicionando com cada vez mais força no tabuleiro econômico mundial, o patriotismo por lá cresceu entre jovens de 19 a 25 anos. Para expressar esse sentimento, eles começaram a usar símbolos tradicionais da cultura em roupas, doces e mais. Esse movimento é chamado de Guochao. Ele tem impacto nos produtos e no comércio, uma vez que a população também passou a preferir o consumo de marcas locais. Reino Unido: Roupas de segunda mão A pandemia de covid-19 deu tempo para os britânicos refletirem sobre o consumo consciente. Tanto é que eles passaram a preferir comprar roupas de segunda mão. O segmento, inclusive, ganhou um novo nome: vintage. De acordo com dados do eBay, este mercado apresentou aumento de 404% entre 2018 e 2020 na região. ramo deve atentar ao público com quem vai trabalhar. “Se você se limitar a produzir itens ou serviços para bebês de uma faixa específica de idade, terá o cliente por pouco tempo. A dica é esticar o público-alvo – por exemplo, da maternidade às crianças de até 4 anos. Caso contrário, você terá de ser muito agressivo emmarketing e vendas para atrair compradores diferentes em um curto espaço de tempo”, explica Alexandre. 5. Mundo fitness De acordo com Jean Lessa, diretor de TI e marketplace da Americanas SA, desde o início da pandemia os e-commerces da companhia apresentaram um crescente consumo nas categorias “roupas esportivas”, “práticas de esportes” e “atividades de bem-estar em casa”. Esse comportamento é mais uma consequência do tempo excessivo que as pessoas estão tendo de permanecer entre quatro paredes. O carro-chefe da categoria são as roupas. A moda fitness representou cerca de 20% das vendas do setor de vestuário como um todo em 2020 – de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). A Honey Be, uma das maiores lojas virtuais especializadas no segmento do País, por exemplo, fechou o ano com crescimento de 65% e faturamento de R$ 80 milhões.

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