Locaweb Edição 134

// revistalocaweb @revistalocaweb 28 // capa / inteligência artificial destaca que o modelo tem se mostrado eficiente para otimizar tempo. O ganho de velocidade nas tarefas manuais tende a permitir que o time foque a parte estratégica. Dessa maneira, a tecnologia oportuniza escalabilidade, já que dá aos humanos a chance de dedicar todo seu potencial criativo à criação de conteúdos com resultados expressivos. No entanto, é importante não se deixar deslumbrar. Não é recomendável, por exemplo, criar um artigo inteiro através do ChatGPT. “As diretrizes do Google deixam claro que não existe penalização ligada ao uso de IA, mas os guidelines (E-E-A-T) claramente priorizam a experiência humana”, explica Fernanda. “As máquinas geram resultados a partir dos insumos que damos a elas, mas os criadores ainda somos nós.” RH inteligente O setor de Recursos Humanos não poderia ter ficado de fora dessa disruptura. Hoje, a IA já entrega vantagens em três níveis. “Para o agente de RH, a tecnologia auxilia atividades como geração de vagas, criação de testes (lógicos e descritivos), avaliação de habilidades dos candidatos e análise de processos de recrutamento e seleção”, explica Rodrigo Zerlotti, CEO da Plooral, uma das primeiras HRtechs a implementar o ChatGPT em sua operação. Já para o candidato, o especialista conta que o maior trunfo da IA é a interação com sistemas que vão ajudá-lo a caminhar pelo mercado commaior eficiência. “Por fim, na outra ponta, contar com a inteligência de dados nos bastidores garante maior eficiência na gestão dos conjuntos de informações, proporcionando informações mais precisas, abrangentes e integradas para candidatos e agentes de RH”, explica Rodrigo. Com o uso de IA, a Plooral tem visto grande ganho em eficiência e coesão – que diminuiu o tempo dos processos seletivos. No caso específico dos recursos e da interface do ChatGPT, Rodrigo conta que a recente possibilidade de adicionar plugins potencializou a experiência para os candidatos. Já para a empresa, o uso da API do modelo trouxe mais inteligência para a criação e diagramação de vagas, identificação de habilidades e até mesmo análise de qualificação de pessoas. “Por fim, em plataformas de Eduployment, como a nossa, já é possível usar o ChatGPT para fazer o match entre as experiências do candidato, as especificações da vaga e os conteúdos de cursos necessários para que ele feche sua lacuna de aprendizado e posicione-se melhor para a oportunidade”, explica o CEO. Para as pequenas e médias empresas, o especialista lembra que o futuro dos recursos humanos já chegou. “Você pode até continuar com os processos seletivos de 20 anos atrás, mas a que Que seja para todos “A democratização do acesso à tecnologia de IA é um marco importante na era digital. Modelos avançados de linguagem, como o ChatGPT da OpenAI, o PaLM do Google, o BLOOM, que é open-source, e até mesmo a biblioteca Hugging Face, contribuíram significativamente para esse processo”, destaca Rodrigo Scotti, membro fundador da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA) e fundador e CEO da Nama, plataforma que combina as inteligências humana e artificial com o objetivo de melhorar a experiência do consumidor. A Hugging Face, em particular, é uma empresa norte-americana que desenvolve ferramentas para a construção de aplicativos usando aprendizado de máquina. “Ela tem desempenhado um papel importante como centro de recursos para o público tecnicamente inclinado, oferecendo grande variedade de modelos de linguagem pré-treinados e ferramentas que podem ser integradas a diversos projetos”, conta Rodrigo. A democratização da inteligência artificial, entretanto, vai além da disponibilização de tecnologia. De acordo com o CEO da Nama, é necessário garantir que ela seja fácil de usar e aplicar – e de maneira ética e responsável. “Isso permite que mais pessoas possam usufruir dos benefícios da IA, contribuindo, assim, para o progresso da sociedade.”

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