Locaweb Edição 101

30 // feed / novo comportamento do consumidor // revista locaweb De acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que entrevistou mil consumidores em todo o país para entender os novos hábitos de consumo durante a pandemia, 61% dos brasileiros que fizeram compras online a partir de março deste ano apontaram que estão adquirindo mais produtos e serviços via meios digitais do que faziam antes da crise. Além disso, o estudo revela que as pessoas, de modo geral, passaram a usar ferramentas de pagamentos com menor receio. ”Por conta disso, não tenho dúvidas de que esse hábito irá perdurar daqui para a frente”, aponta Andre. Mudança na rotina Para se adaptar ao novo comportamento digital dos consumidores, empresas e entidades dos mais variados segmentos não pouparam esforços. Escolas passaram a organizar olimpíadas de jogos digitais assim que as atividades físicas foram suspensas. Museus e parques temáticos criaram tours virtuais enquanto estavam com as portas fechadas – e não os tiraram do ar depois que reabriram. Alguns chefs, por sua vez, divulgaram receitas consagradas via YouTube ou otras redes sociais não apenas para incentivar as pessoas a cozinhar em casa, mas também para estreitar a relação com os restaurantes quando tudo voltar ao normal. Até mesmo um improvável hospital veterinário, como o Rivelles, de Diadema, na Grande São Paulo, passou a usar ferramentas digitais para aperfeiçoar o atendimento aos clientes. “Adotamos plataformas como Zoom, Skype, Meet, WhatsApp e Hangouts para ajudar-nos a marcar consultas e dar orientações aos tutores dos pets a respeito de produtos e medicamentos”, afirma a diretora administrativa Maria Lucia Rivelles. Claro que os tratamentos de urgência, num caso como esse, seguiram funcionando de maneira presencial. Mas o fato de um hospital que cuida de animais ter enxergado o potencial das ferramentas digitais deixa claro o quanto esse caminho não deve ter volta. Carro em domicílio No comércio online, muitos são os exemplos de empresas que correram para se adaptar ao novo comportamento dos consumidores. Fundado em 1995, quando a internet ainda engatinhava no Brasil, o site de classificados de veículos WebMotors aproveitou o momento atual para lançar a ferramenta CarDelivery, que permite a compra de veículos em negociações totalmente digitais. Um dos trunfos da solução é que até mesmo a entrega do carro é realizada na casa do cliente, como ocorre com outro produto qualquer. “Nas primeiras semanas de isolamento social, observamos uma queda moderada na audiência do site, acompanhada de uma descida acentuada na conversão de vendas. Percebemos que o cliente até navegava em nossas páginas, mas sem intenção de compra”, explica Pedro Fleury, diretor de produtos e TI do WebMotors. “Com o lançamento do CarDelivery, em abril, os números começaram a se recuperar e, atualmente, já são similares aos do período anterior à quarentena”, comemora. Segundo Pedro, o sistema já vinha sendo desenvolvido, mas o lançamento foi acelerado por conta da pandemia. “Em meados de março, identificamos que 58% das pessoas que entravam no site pretendiam adiar a compra do veículo, por conta da insegurança de ter contato físico com alguém e se contaminar. Do mesmo modo, muitos vendedores deixaram de anunciar seus carros, por acreditar ser impossível fechar negócio naquelas condições”, explica o diretor de produtos e TI. Depois que lançamos a função, os números começaram a se recuperar e, atualmente, já são similares aos do período anterior à quarentena '' Pedro Fleury , diretor de produtos e TI do WebMotors

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