Locaweb Edição 103

41 // capa / comomontar seu e-commerce // revista locaweb normalmente não têm capital de giro suficiente para esperar a crise passar e precisam faturar o quanto antes”, diz Túlio Sá, coordenador do setor de Comunicação e Marketing do Senac Santa Catarina. O salão de beleza L’Officiel seguiu exatamente esse caminho. No final de 2019, a empresa lançou sua primeira linha de produtos para cabelo. O plano era vender offline, mas a pandemia chegou. “Não estávamos apostando alto no valor de entrada dos novos itens. A ideia era apenas reforçar a marca e ter uma presença no box de cada cliente. Mas, de repente, passamos a vendê-los online e eles se tornaram uma boa fonte de renda”, conta Paulo Pascotto, CEO do estabelecimento. No começo, a funcionária que cuidava dos produtos foi realocada para organizar os pedidos que chegavam por telefone e WhatsApp, enviando-os por correio. Com o bom desempenho da linha, o A maior prova disso é a mudança de comportamento do consumidor durante a quarentena. Entre abril e junho de 2020, meses de pico do distanciamento social, 5,7 milhões de pessoas fizeram a primeira aquisição pela internet, segundo a Compre & Confie. “Até quem não tinha o hábito de comprar pela web começou a usá-la. Agora, quem vivenciou o conforto de receber produtos em casa não abrirá mão do serviço”, conta Priscila. A tese se sustenta por números. De acordo com levantamento do Instituto Locomotiva, 49% dos brasileiros pretendem ampliar as compras por aplicativos após o fim do distanciamento social. Além disso, 32% planejam reduzir as idas a lojas físicas. “O fato é que, mesmo se voltarmos ao ‘normal’, os hábitos adquiridos permanecerão”, diz Túlio. Desprezar isso, num futuro próximo, pode significar simplesmente não existir mais. e-commerce da L’Officiel foi lançado para ampliar as vendas. “A ideia era abrir a loja virtual mais para a frente, quando a linha estivesse mais consolidada, mas tivemos que nos antecipar. Assim, estruturamos o site e acertamos as questões a respeito das formas de pagamento e logística. Aí, foi só colocá-lo no ar e colher os frutos, conta Paulo. Digital não é moda Independentemente da operação escolhida para marcar presença no universo digital, é importante destacar que esse ambiente não deve ser visto como mera alternativa ao mundo físico. “As empresas que não estiverem abertas para o online estão com os dias contados. Durante a pandemia, várias companhias quebraram porque dependiam exclusivamente do conceito físico do negócio. Então, por mais básico que seja, é importante ter pelo menos um canal virtual”, afirma Priscila. Paulo, do salão de beleza L’Officiel: linha de produtos para cabelo criada para vendas offline deu início a uma loja virtual com entregas via Correios

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