Locaweb Edição 103

@revistalocaweb // revista locaweb 52 // reportagem / transformação digital O poder do e-commerce e das tecnologias digitais COM O CLIENTE COMO PEÇA-CHAVE, NEGÓCIOS ONLINE DEVEM EXPANDIR FRONTEIRAS E VALORIZAR TALENTOS INTERNOS O ramo de e-commerce, que já registrava crescimento há anos, teve uma aceleração intensa graças à pandemia da covid-19. “Em 2019, as lojas virtuais brasileiras movimentaram quase R$ 62 bilhões. Em 2020, a estimativa ultrapassa a marca de R$ 100 bilhões”, afirma Thiago Santana Mazeto, diretor comercial e marketing da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb. O profissional destaca que os comportamentos no mundo digital mudaram – o aumento do ensino a distância e das lives é um bom exemplo disso. Também é possível observar os novos hábitos de consumo. Categorias que ainda engatinhavam quando o assunto era e-commerce, como as de produtos de cuidados pessoais, registraram crescimento expressivo a partir de março deste ano. “Esse tipo de mudança no estilo de vida das pessoas acaba gerando novas oportunidades para as empresas”, comenta Thiago. Rachel O. Maia, CEO da Lacoste, também ressalta a importância das vendas pela internet. A profissional, que já trabalhou em empresas como Tiffany e Pandora, foi pioneira no desenvolvimento de lojas virtuais de joias no Brasil. “À época, tínhamos pouca noção da importância de se preocupar com o consumidor. Meu foco era lançar a ferramenta para criar um novo canal de compras. Hoje, após 10 anos se passarem, tenho convicção de que, a cada passo que dou, o cliente precisa estar em primeiro plano”, afirma. A especialista também afirma que o e-commerce funciona como uma forma de democratizar o acesso ao consumo. Os produtos da Lacoste, por exemplo, alcançaram diferentes regiões do Brasil por meio das vendas online. Apesar de reconhecer a importância das novas tecnologias, como as usadas no e-commerce, Rachel recomenda que os empreendedores não deixem que elas ofusquem os talentos humanos. Segundo a CEO, é preciso reconhecer essas pessoas e investir nelas, pois podem ser a chave para que os recursos tecnológicos sejam bem usados e aproveitados dentro da empresa. Hoje, tenho convicção de que, a cada passo que dou, o cliente precisa estar em primeiro plano '' Rachel O. Maia , CEO da Lacoste