Locaweb Edição 105

34 // capa / marketplace // revista locaweb @revistalocaweb Mesmo com esses números de impacto, é importante ter em mente que o marketplace, como quase todos os modelos de negócio, pode não ser vantajoso a absolutamente todos os tipos de empresas. Em relação a produtos, por exemplo, Priscila Guskuma, especialista em estratégias de negócios, explica que a ferramenta costuma funcionar melhor com os itens que escalam com facilidade. “Dessa forma, o empreendedor pode atingir metas sobre volume”, diz. Já um artesão com alta procura, mas com peças limitadas, ou uma companhia com itens caríssimos, mas com baixa demanda, por exemplo, podem ter problemas ao trabalhar com essas plataformas. A seu favor Um dos grandes pontos positivos do marketplace é que ele é um ambiente voltado à venda e conversão. Quando se fala em plataformas de grande porte, especialmente, soma-se a isso o fato de que ele dá ao empreendedor a chance de se aliar a uma marca forte no mercado, que serve de vitrine e faz a divulgação dos seus produtos. Tudo isso aumenta bastante a credibilidade com o consumidor, uma vez que ele encontra o que procura em uma plataforma na qual já consome e confia. “O marketplace é um dos grandes protagonistas que dá voz ao pequeno empresário”, garante Wilson Borges, consultor do Sebrae-SP. Mesmo porque os investimentos em algoritmos avançados que focam experiência de usuário e lojista permitiram maior assertividade na combinação vendedor- comprador. “Esse modelo de negócio abriu possibilidades para o empreendedor acessar o mercado a um custo competitivo, sem ter de entender de programação, SEO e outras técnicas”, destaca o especialista. Essas plataformas permitem ainda acesso democrático e mais barato a um novo canal aumentar os pontos de contato para ampliar as oportunidades de negócio e vender mais”, destaca Wilson. Por isso, é estratégico não depender de apenas uma ferramenta de vendas. Em vez disso, mapeie por quais outros meios o cliente navega e gere experiências de compra por lá também. Dentro desse cenário, é fundamental ter em mente que o marketplace deve ser encarado como um canal de vendas complementar. “Concentrar um percentual alto de suas vendas nessa plataforma vai torná-lo refém de mudanças estratégicas adotadas por ela, além de dificultar seu poder de reação caso algo fuja do controle ou de sua realidade”, destaca Alvino. O gerente de sucesso de clientes e canais da Tray salienta que quem compra seu produto no marketplace não é consumidor seu, mas da empresa que serve de vitrine. Além disso, a qualquer momento, o site pode encerrar as atividades, aumentar as taxas cobradas ou simplesmente de vendas, com estrutura, arquitetura e usabilidade prontas para começar a vender rapidamente. “Elas aproximam o e-consumidor do vendedor e liberam as pequenas e médias empresas do investimento prévio necessário para a estruturação de um negócio online”, explica Alvino Amaro, gerente de sucesso de clientes e canais da Tray, empresa do grupo Locaweb. Jean destaca ainda que os marketplaces oferecem ao empreendedor grande alcance a baixo custo, pois paga-se apenas comissão sobre o que é vendido. “Assim, a loja pode focar produto, atendimento e gestão de estoque, enquanto a plataforma se encarrega de tecnologia e outras burocracias”, afirma. E isso pode fazer toda a diferença para quem está começando. Complemento à estratégia “Hoje, o cliente circula por diversas plataformas, e o bom empreendedor precisa Para Alvino, da Tray, o marketplace é um excelente aliado, mas é perigoso tratá-lo como o único canal de vendas do negócio

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