Locaweb Edição 108

// revista locaweb 17 // raio-x / games tem um protagonista. Isso impacta a história, já que as missões se tornam impessoais e sem envolvimento emotivo, criando uma sensação do tipo: “o.k., você morreu, próximo”. Mecânica e jogabilidade Falando em passar despercebido, a mecânica do jogo direciona o player a realizar atividades furtivas, evitando o confronto aberto. Isso porque os inimigos, de forma geral, são muito mais fortes que os players. fôlego ao jogo. A publisher já fez isso muito bem com alguns títulos da série Assassin’s Creed, em que é possível solicitar ajuda ao grupo. Londres sitiada Se em outros títulos da franquia havia a reclamação de que o mundo do game é genérico e sem vida, isso foi totalmente afastado da Londres de Watch Dogs: Legion. O cenário é empolgante, cheio de luzes e repleto de detalhes. Além disso, como era de se esperar de uma cidade sitiada, há muita confusão acontecendo nas ruas. A todo momento, um pedestre é abordado de maneira abusiva pela empresa de segurança. Quem está na rua, inclusive, pode ser identificado como parente dos membros de sua equipe. Tanto abuso pode ativar o senso de justiça do jogador, levando-o a reagir. E claro, acabar numa perseguição policial cheia de drones e explosões. Para quem conhece Londres, a semelhança é inegável. Monumentos como a torre do Big Ben e a praça de Piccadilly Circus foram totalmente recriados digitalmente – e vandalizados pelas forças opressoras. Já para quem nunca visitou a cidade, vale como um tour virtual e interativo. RAIO-X WATCH DOGS: LEGION GÊNERO: AVENTURA PLATAFORMAS: PC, PLAYSTATION, XBOX, GOOGLE STADIA PREÇO SUGERIDO: R$ 199,99 (O PREÇO VARIA DE ACORDO COM A PLATAFORMA E A ÉPOCA). Recriação de Londres é excelente, mas faltam atributos para o player se apegar aos personagens VEREDITO WATCH DOGS: LEGION TRAZ RECURSOS INOVADORES PARA O MUNDO DOS GAMES, GERANDO UMA EXPERIÊNCIA COMPLETAMENTE NOVA. PORÉM, O CUSTO DISSO É UMA CAMPANHA GENÉRICA E SEM APELO EMOCIONAL. Os soldados têm armas melhores e são numerosos, sem falar nos drones e metralhadoras de chão. Dessa maneira, o jogo sempre o coloca numa situação de desvantagem. Nesse ponto, a Ubisoft poderia ter trabalhado melhor o conceito de coletividade. Já que não há um protagonista, e sim um grupo que tenta salvar Londres, por que estamos sempre realizando as missões sozinhos? Em alguns momentos, seria muito útil ter um pouco de ajuda, além de criar situações dinâmicas e que dariam

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