Locaweb Edição 99

capa 34 REVISTA LOCAWEB Se a sua missão for empreender para esse público, é preciso não apenas se conectar com ele, mas também ouvi-lo em canais de troca e espaços em que se sinta à vontade Ana Luiza Cardoso, diretora-geral da Gang está sempre de olho no que as empresas estão fazendo e, mais que isso, pronto para escrever comentários e avaliações em um ambiente com um potencial enorme de viralização. É por isso que, para conquistar os jovens, é preciso ir além de entender o que eles desejam e focar o atributo mais importante dessa relação: a transparência. “Não dá mais para acreditar que técnicas de marketing mascarem um mau produto. Com as redes sociais, mais cedo ou mais tarde as pessoas vão descobrir que ele não entrega o que promete, e isso será um grande problema para a imagem do negócio”, explica Pierre Mantovani, CEO da Conforme os anos passam, a roupa de marca, o smartphone da moda e o restaurante que faz sucesso no Instagram vêm sendo substituídos, cada vez mais cedo na vida das pessoas, por experiências e vivências. Isso não significa que elas estejam deixando de consumir, mas que estão fazendo isso de outra maneira, com novas exigências e motivações. E, dessa forma, influenciando quem está ao redor. Tudo isso faz parte do que vem sendo chamado de nova economia, na qual os jovens ditam as regras do jogo ao buscar produtos e serviços que tenham valores parecidos com os deles. Esse panorama trouxe para o processo de consumo temas como respeito e sustentabilidade. “Neste último caso, o assunto vai além do viés ecológico, por exemplo, e passa pelo ponto de vista social e das relações de trabalho”, diz Claudio Queiroz, sócio da LIGA Pesquisa, estúdio de pesquisa qualitativa. Assim, o foco de atenção desse público se volta cada vez mais para a valorização da cultura local e menos aos aspectos generalistas – pauta em que as grandes marcas já estão de olho. “Mostrar-se mais próximo, retornar às origens e reconhecê-las como um valor necessário de identificação é um capital importante para a comunicação com as novas gerações”, afirma Claudio. Nesse sentido, também entram em questão tópicos como representatividade de gênero, corpos e tons de pele. É por isso que o novo público se caracteriza por exigir das marcas posições adequadas em relação a empoderamento feminino, questões LGBTQ+ e uma série de outros valores que devem ser refletidos não apenas nos discursos, mas também nos produtos e serviços oferecidos. Seja real Com a internet e as redes sociais a um clique de distância, o consumidor transformou-se em um vigilante atento. Ele

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