Locaweb Edição 112

46 // reportagem / dark kitchen // revista locaweb @revistalocaweb Pequenos e rentáveis Principal inspiração para o modelo, os pequenos negócios costumam se dar muito bem com as dark kitchens. Harianne Barros é proprietária de uma pizzaria que teve de fechar o salão durante a pandemia. Com mais tempo em casa, ela decidiu associar o prazer pessoal de cozinhar petiscos e antepastos à criação de uma marca especializada em delivery. Assim surgiu a Um Teco de Sabor, que nasceu para levar comidinhas para a casa de amigos e parentes da empreendedora que sentiam falta de saborear pratos caseiros. Não demorou a que o negócio crescesse e atingisse milhares de pessoas nas redes sociais. Com o comércio fechado e a necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia, Harianne transformou a cozinha de casa em uma dark kitchen. “Não queria que o negócio fosse um ‘puxadinho’ da minha pizzaria. A ideia era que ele se transformasse em uma marca independente”, conta a fundadora. Por isso, ela decidiu manter a operação em uma cozinha externa e idealizou todos os aspectos das suas próprias embalagens para garantir não apenas a qualidade no delivery, mas também uma boa propaganda do seu cardápio. “Após a pandemia, tudo indica que haverá uma mudança definitiva no comportamento do consumidor. As pessoas redescobriram suas casas como um local de festa e reunião”, acredita Harianne. Para a empreendedora, essa é uma grande oportunidade para os restaurantes com cozinhas caseiras e mais enxutas garantirem experiências diferentes via delivery. Quem também embarcou nessa tendência foi Luiza Wolf. Com mais tempo livre durante a pandemia, ela decidiu arregaçar as mangas e colocar em prática um desejo que sempre teve: aprender mais a respeito de produtos em um saco de papel adequado para transporte. Com ele, é distsribuído um miniguia com dicas para armazenar, requentar e até congelar pães e doces. “Assim, ajudo as pessoas a ter produtos sempre fresquinhos, sem que elas precisem sair de casa”, conta Luiza. Enquanto for possível, a padeira deseja seguir atendendo dessa forma. “Gosto de falar com clientes e criar uma relação próxima e humana. Isso tem tudo a ver com a proposta do meu produto, que é totalmente artesanal”, explica. Segundo a empreendedora, o contato personalizado ajuda a levar boas experiências ao público. pães de fermentação natural. O novo passatempo deu certo assim que as fotos das receitas postadas nas redes passaram a chamar atenção de centenas de pessoas interessadas em comprar as iguarias. Com o retorno positivo, a empreendedora viu uma grande oportunidade de negócio. Afinal, já tinha tudo de que precisava: a cozinha de casa. “O conceito de minipadaria, sem balcão ou salão, é vantajoso e rentável, pois exige pouco investimento”, conta Luiza. Hoje, a Do Forno da Lu vende pães, doces e antepastos por encomenda. Consciente da importância de investir em uma boa embalagem, a marca entrega os Harianne, da Um Teco de Sabor, deixou de lado uma pizzaria com salão para empreender em uma dark kitchen de petiscos Luiza, da Do Forno da Lu, transformou o passatempo em negócio e, hoje, vende pães, doces e antepastos pela internet Foto: Gustavo Porto

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