Locaweb Edição 113

39 // reportagem / cruelty free // revista locaweb uma série de marcas já atestou aspectos determinantes da cadeia produtiva, entre eles durabilidade e eficácia”, aponta o fundador da King55. O seu futuro e o do planeta Maior mercado de cosméticos do mundo, a União Europeia foi a primeira região a proibir testes em animais, em 2013. Diante do impacto da decisão, países como Índia, Rússia, Coreia do Sul e Noruega também mudaram suas leis a respeito do assunto, em prol da causa cruelty-free. Atualmente, no Brasil, existem mais de 20 métodos alternativos para a testagem de produtos, que já foram validados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Em pouco tempo, nenhuma empresa vai querer ficar conhecida como aquela que ainda adota crueldade com animais no seu processo de produção. No futuro, tantas pessoas terão consciência sobre o tema que nenhum negócio sério adotará a prática”, garante Paulo, da 100 Foods. Para Rafael, assumir uma posição cruelty-free já é uma obrigação, se não legal, moral para todas as marcas. Segundo o sócio-fundador da FreeBrands, há um grande movimento nacional nesse sentido que tem impulsionado os negócios, de forma irreversível, para um cenário em que testes com animais não aconteçam mais. “Isso precisa ser colocado como propósito pessoal do empreendedor e para o negócio, entendendo que você não é o dono do planeta e nem o único a viver nele”, destaca Rafael. Ele lembra que os recursos são finitos, e trabalhar de forma sustentável é o que vai permitir que sua empresa continue existindo. “Não se trata de algo a ser esperado de seus filhos e netos, mas de uma causa que deve ser assumida agora para garantir a sobrevivência em um futuro muito próximo”, aponta. Testes em animais no Brasil Apesar de não existir uma legislação federal no Brasil que impeça a prática de testes em animais, oito estados já proíbem a prática na indústria de cosméticos: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco e Amazonas. Além das proibições locais, há o projeto de lei 70/2014 (veja mais detalhes em http://lwgo.to/1m0 ), do deputado Ricardo Izar. Se for aceito, o decreto vai proibir “a utilização de animais em atividades de ensino, pesquisas e testes laboratoriais com substâncias para o desenvolvimento de produtos de uso cosmético em humanos”. Além disso, pretende aumentar o valor das multas em caso de violação. De quebra, terminou em agosto o prazo para universidades, empresas e institutos públicos e privados de pesquisa substituírem as vidas animais por métodos alternativos em testes de potencial de irritação e corrosão ocular, de toxicidade de substâncias no sistema reprodutivo humano e de controle de qualidade de produtos injetáveis. A exigência faz parte de uma resolução publicada em 2016 pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea). A consciência sobre o consumo sustentável tem levado cada vez mais à busca por produtos que provocam menor impacto ambiental, de acordo com Cathyelle, do Grupo Boticário

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