Locaweb Edição 119

38 // reportagem / anatomia do produto // revista locaweb @revistalocaweb características do produto, se as palavras usadas são coerentes com o item e se as fotos foram bem produzidas e editadas. Alexandre, por sua vez, aponta que uma boa descrição é dividida em dois pontos focais. O primeiro é o benefício, que deve fisgar o consumidor. “A pessoa entrou na página do produto por qual motivo? Normalmente, ele está ligado a um fator emocional, um desejo”, diz. Já o segundo vem para complementar a abordagem com as características técnicas e detalhadas do item, com o objetivo de satisfazer o lado mais racional da compra. Por isso, textos muito institucionais e engessados podem não agregar à venda. “Um artifício essencial, mas que o mercado ainda tem dificuldade de fazer, são as descrições originais. Escritas de forma exclusiva e dedicada para aquele produto, elas conseguem criar uma narrativa mais envolvente”, explica Pedro Henrique. Segundo o gerente de branding e comunicação da Tray, elas precisam ter uma argumentação de vendas que use todos os atributos do item para mostrar sua aplicação na vida de quem vai comprá-lo. Fale e seja ouvido Lembre-se de que mais do que simplesmente escrever uma descrição, é fundamental usar a linguagem correta. Alexandre, da Universidade Marketplaces, explica que, para isso, é necessário entender quem é a pessoa que compra o seu produto – a chamada persona. “Conhecendo o comprador, toda a comunicação vai estar alinhada, desde a aquisição dele nos anúncios até a venda pela apresentação do produto”, conta. É importante, ainda, dominar bem o que está sendo vendido e descobrir o que o consumidor espera daquele item. De acordo com Renan, a partir daí, fica mais fácil cumprir todos os requisitos mínimos para uma descrição boa e que cumpra seu propósito principal. “Algumas marcas de cosméticos, por exemplo, não usam letras maiúsculas em seus sites, pois sabem que o público jovem não costuma gostar disso”, explica Juliano Molina, gerente de e-commerce e aluno de MBA da ESECOM. O especialista destaca que o match com sites relacionados e até a Para Juliano, da ESECOM, as lojas virtuais devem usar as descrições para responder as perguntas que os consumidores fariam no Google

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