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REVISTA LOCAWEB

T

inha tudo para dar certo. Como as características dos negócios efetuados pela

internet são únicas e se diferemdomercado tradicional, fazia todo sentido criar

umamoeda nativa e que emprestasse ao ambiente online os preceitos básicos de

uma negociação convencional: rapidez, custo baixo (com taxa zero ou perto disso) e

ausência de intermediários. Assim surgiramas criptomoedas, numprimeiromomento

marginalizadas pelomundo financeiro, mas que de repente cresceramao ponto de se

transformaremno assuntomais discutido nomomento pelo universo empreendedor.

Como é de se supor, não é

nada simples fazer com que um

dinheiro que surgiu do nada

seja aceito. Nomes importantes

do setor econômico observam

as moedas digitais como uma

realidade sem volta e algo que

tende a ser lucrativo para muitas

pessoas. Outros figurões tão

importantes quanto garantem

que tudo não passa de uma ilusão

e que, mais cedo ou mais tarde,

quem apostar nesse mercado vai

cair do cavalo.

Saber quem tem razão nessa

discussão parece, no momento,

tarefa para futurologistas, mas o

fato é que, enquanto isso, é possível

impulsionar alguns negócios

e faturar com essa história. E o

melhor caminho para estar do lado

certo dessa moeda é entender,

desde o início, como ela funciona.

A chegada do Bitcoin

A primeira criptomoeda

lançada no mercado foi o

Bitcoin (BTC). Em 2009, uma

pessoa (ou um grupo, não se

sabe ao certo) usou o codinome

Satoshi Nakamoto e colocou o

dinheiro em circulação. Além do

nome verdadeiro do criador ser

desconhecido, também não se

sabe sua nacionalidade nem país

de residência. A primeira transação

ocorreu em janeiro do mesmo ano,

quando Nakamoto enviou 100 BTC

para Hal Finney, um programador

falecido em 2014 que investiu

todos os seus Bitcoins no processo

de congelamento de seu corpo

para ser ressuscitado no futuro.

De lá para cá, o Bitcoin

se tornou uma potência e

alternativa para investimentos.

Supervalorizado, chegou a

ultrapassar a marca dos US$ 20 mil

no exterior e R$ 69 mil no Brasil,

no fim de 2017, de acordo com

informações do Mercado Bitcoin.

A alta procura também abriu

espaço para outras moedas digitais

entrarem no mercado. Ethereum,

Litecoin, Monero, Dash e Ripple

são apenas algumas que estão

ganhando terreno.

Apesar de toda a polêmica,

as criptomoedas já são hoje,

para o bem e para o mal, tão

importantes para as transações

financeiras como o e-mail foi para

a comunicação. “Elas vieram

com a proposta de romper com o

sistema monetário atual, criando

um tipo de ambiente econômico

alternativo”, diz Renato Moreira,

executivo de contas da DBACorp,

empresa especializada em TI. E

alguns empreendedores que se

adiantaram e souberam interpretar

esse ambiente já estão faturando

alto com ele.

Bê-á-bá das

criptomoedas

O termo criptomoeda vem

do fato de a moeda virtual usar

a criptografia para garantir

mais segurança nas transações

financeiras realizadas pela internet.

Da mesma forma que o dinheiro

tradicional possui números de

série ou listras ocultas em seu

interior para evitar falsificações,

a criptomoeda usa códigos muito

difíceis de serem quebrados.

Para recebê-las e efetuar

transações financeiras, cada

pessoa deve ter sua própria

carteira digital. Ela funciona como

uma conta bancária e é o local

em que o dinheiro virtual fica

armazenado. Toda carteira conta

com um número que serve para

identificar o usuário e também

para localizar a origem e o destino

das transações. Além disso, contam

com uma senha inalterável, que

dá acesso ao conteúdo. Assim, em

caso de esquecimento, você nunca

mais poderá ver aquele dinheiro.

“Os cuidados que se deve

ter com a carteira digital são os

mesmos observados na conta

bancária. Proteja suas senhas

e guarde as moedas em um

ambiente seguro e que esteja

sob seu controle. Carteiras

online, portanto, não são muito

aconselháveis, assim como não

Rodrigo, do

Mercado Bitcoin:

“Criptografia em

blocos garante

a integridade

das negociações

anteriores

e impede a

alteração de

transações

passadas”